- jurigol
- 8 de ago.
"O que me tranquiliza é que tudo que existe, existe com um propósito. E que o propósito de morrer é fazer a vida mais intensa.”
Clarice Lispector
Invade em mim o tempo. Tempo de desconstruir, dissolver, perder, desintegrar, esvaziar, silenciar.
É a travessia que chama, quer renúncias, rendições, desapegos, decomposição.
O que em mim resiste em decompor por medo de desaparecer por completo, renascer diferente?
O que mais preciso perder para habitar meu próprio destino, perceber a vida sem interpretações alheias, me apropriar de vez de uma autonomia imaginal?
Até onde e por onde devo ir para experimentar o mundo a partir dos meus próprios sentidos?
O que de luminoso e selvagem quer passar por mim, usar o meu desejo para nascer?
É tempo de deixar o tempo falar por si, abrir os poros e estar aberta ao espanto...