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Subversão do pincel

  • jurigol
  • 5 de jun. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 29 de set.


Recheio do vazio. 

Trabalhava nisso. Macio. Farejou humor. Desejou contato. Aproximação, duvidou. Aspereza. Perguntava sem parar. Riscou, provocou limites, os mesmos. 

Corpo. 

Gritos. Choro. 

Aquelas vozes, em cores.

Que lembrança, que nada! 

Mentiras escandalosas. 

Era realidade pura. Encarnação poderosa. Depósito. Horizonte no giro, redondo, vasto e profundo. Fotos. Caras conhecidas. 

Potes médios, pequenos. 500 ml. Bisnagas. Sacrifício. O chamado.

Vomita vai, vomita!  

Escutava em voz alta, mandante. Esse é o lugar para isso!

Gargalhava. E as vozes… Fucking bitch! Encagaçado! Sim, não é louco. 

Sim, não é envergonhado. 

Criança. Peso. Chakra cardíaco. Inútil! Ofício sagrado. Convoca. Motivo.

Provoca.

Junta tudo. Morte. 

Começa do trisal, das cores. Essência. Revela. 

Comunga teu cosmos. Sem retorno.

Até a ancestralidade. 

Até a quebra, o descarte.

Agregou, jogou tudo. Potência.

Sentiu tudo.

Variou intensamente. 

Soltou seu peso n’água. 

Rigidez flácida, na água, suja. 

Complexidade. 

Afirmou o que bem quis… das entranhas! Era o pincel… Um meio. Um dos meios.

E era recém nove e onze da manhã no relógio. 



 
 
 

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